quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

BRAVO SADI BOGADO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Vovô Sadi reuniu os amigos no último dia 15 pra comemorar mais um aniversário. Na oportunidade, acompanhado de um violão, deu uma canga em “Velho Realejo”, composta por Custódio Mesquita e por seu xará Sadi Cabral (veja vídeo). Papai lhe presenteou com o texto que publicamos abaixo.

SADI BOGADO

Misturo prosa e verso, peço licença aos senhores e apresento uma história de amor.
Saga de um homem da Serra que desceu à Planície, subiu ao Planalto, respeitou o espinho, escolheu a flor.

Em terras frias de Friburgo, menino em ciranda, sente no peito um calor.

Chegando à Planície, de luz, madrigais, do Coronel, do Lobisomen e do Ururau vê o Paraíba rolar dentro do peito e faz seu amor desaguar numa niteroiense formosa.

Com ela, aos pés da Cruz, faz e cumpre juras de amor. Amigos, filhos e netos, família que Cristo conduz.

Com sonhos de um Mundo de Paz, subiu a Brasília em Tempos de Chumbo, do coturno, do fuzil e da mordaça. Pagou caro, deu tempo ao tempo. Quem lhe calou, perdeu a voz, ficou mal na fita, não volta mais.

Voltou às origens, pés no chão, continuou a marcha, de humanismo, solidariedade social e cristã. Foi à luta, não se calou, não baixou a voz, marcou posição. Não anestesiou a esperança, marchou na contramão das facilidades, liderou, fez diferença.

Carismático, fez da vida um folguedo, colocou uma Canção Nova em oração. Apostou as fichas na alegria, deu voz ao orfeão.

Da Serra, da Planície ou do Planalto, doce como seus doces, o menino, que fez a hora e não esperou acontecer, hoje se cerca de amigos e ensina como edificar em qualquer relevo.

Pra fechar, devo revelar que Sadi nos reuniu nessa noite pra chupar mangas, jabuticabas, jambos e carambolas, para jogar bola de gude, pião, jogo da velha, amarelinha, empinar papagaios, brincar de pique e “quem chegar por último na jaqueira é mulher sapo”.

Janeiro de 2010
Antunis Clayton
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